Escapei pra São Paulo nesse feriadão. Fiquei de sexta a segunda. Fiz e vi tanta coisa que fica até difícil de contar. É uma sacanagem de como lá concentra centros e eventos culturais. São milhares de coisas acontecendo ao mesmo tempo, e o melhor, de graça.
Entre alegrias e alergias, sim porque o clima cultural é ótimo mas o ar é um terror, tive acesso a algumas que me disseram muito respeito. Abrindo um parênteses: (Ando chamando de "dizer respeito", aquilo que me toca, dialoga comigo, pode ser bom ou ruim).
A primeira dessas coisas que me disseram muito respeito foi a peça Carina está Viva, que assisti na sexta no
Satyrianas, um festival de teatro, com programação 24 horas. Digamos que eu gostasse mais de mim e da vida antes de assisir a essa peça.
A peça é um monólogo de uma moça, Carina, que diz que vai se matar. O clima da peça é de conversa informal, como se nós ao invés de platéia, fóssemos convidados de Carina. Até aí tudo ok. A linguagem é bacana e a idéia da atriz passar álbum de fotos e oferecer biscoitos para a platéia é divertida. O que pegou mesmo, a punhalada, foi o texto. Bateu bem no meu estômago pós-moderno, doeu, e acho acho que mereci. Foi um tanto constrangedor, porque a peça é normal no sentido de dramaticidade, as pessoas saíram tranqüilas dela, numa boa, e eu chorei feito abestada no meio da rua.
Quem quiser conhecer melhor a tal da Carina pode acessar o
blog da personagem e sentir, um pouco, bem de leve, porque o discurso dela quase fodeu com meu feriado. Quase, porque depois de uma tequila e de um recital de poesia com Chacal, você percebe que é uma bosta mesmo e o jeito é ser feliz.
Mas isso é assunto pra outro post. Até já.